sábado, 21 de setembro de 2013

Elysium

Não posso negar que o trailer me trouxe uma ótima expectativa desse filme, que passou um tempo na geladeira, mas saiu.


O filme gira basicamente numa luta para a sobrevivência, onde a unica forma de vencer é sair do populoso planeta terra e ir ao paraíso transformado em estação espacial, Elysium, para que assim possa utilizar-se da maquina de cura.
Na visão do filme, o planeta terra depois de um colapso ambiental virou um grande lixão/favela, onde latinos suados lutam pela sobrevivência, roubando, matando ou trabalhando em fábricas que servem a estação espacial, esperando um dia, conseguir comprar sua entrada para lá. Vejo esse como o primeiro grande equivoco. 
Na estação espacial, fala-se inglês e francês e se vive em harmonia, em férias eternas, uma vez que a sociedade ali atingiu um nível de riqueza na terra que garantiu sua entrada, ou sua saída da sujeita. Lá há um Presidente que evidencia a democracia, e ministros, que mostram o quanto do trabalho sujo ainda é feito para que a harmonia se mantenha. Lá em cima, os humanos se esbaldam e a massa trabalhadora são os robôs, então, para quê um presidente se um síndico resolve? Para que a democracia se as relações humanas chegam a um grau de compreensão onde a horizontalidade reina? A sociedade rica do filme tem em si sua maior contradição.
Esse é o segundo longa de Neil Blomkamp, o mesmo diretor de distrito 9, evidência mais uma vez a segregação social baseada no apertheid, e bate nessa tecla, só que dessa vez sem extraterrestres e testes baseados nos campos de concentração e sim com humanos e os guetos, sendo o planeta terra transformado num gueto gigante.
O elenco sustenta a ideia do rico ariano (vide a imagem de Jodie Foster), numa ideia bem fascista, bem leblon, enquanto os pobres são latinos (Wagner Moura e Alice Braga), mexicanos no ponto de vista dos americanos, que inclusive termina se fazendo explicito no momento em que todos falam espanhol entre si lá em baixo, inclusive os brasileiros.
O filme tem algumas cenas de ação interessantes, um vilão comico, mas não vale a pena perder o dinheiro da meia entrada assistindo-o. Elysium não sustenta a expectativa de seu trailer, além de ser extremamente preconceituoso, tomando um tom até mesmo fascista, com um final clichê e romântico, ou simplesmente inalcançável. Vale mais a pena assisti-lo sem querer nas férias numa sessão da tarde, se ele vier a passar.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Exterminador do Futuro (EUA, 1984)



Antes de qualquer comentário, gostaria de dizer que vale muito a pena assistir.

Em 1984, uma jovem americana comum descobre que será a mãe do grande lider da resistência contra as maquinas, e por isso, as maquinas mandam um robô de volta no tempo para mata-la. Um humano é mandado para proteger e salva-la dessa possivel ameaça, e aí começa a grande história do Exterminador do futuro.

É interessante ver que, antes da popularização da internet, o filme já falava que as maquinas tomariam as rédeas do planeta através de uma rede de computadores, iniciando um holocausto nuclear a partir desse ponto.
O filme trouxe duas personagens brilhantes, construída por seu roteirista e diretor James Cameron. De um lado estava o exterminador, frio e sem reações com movimentos básicos, um corpo anabolizado, monstruoso e assustador, interpretado por Arnold Schwarznegger. De outro lado está Sarah Connor, interpretada pela ainda jovem Linda Hamilton, personagem ainda delicada, sendo uma jovem qualquer daquela época, endurecendo ao longo do filme, até no final mostrar um pouco (muito pouco, na verdade,) do seu lado "durona".
Por ser do meio da década de 80, o mundo ainda não tinha computadores e celulares como existem hoje, então, no caso de um remake (,que seria bem interessante com as técnologias atuais,) o filme poderia ter seu roteiro alterado, de forma a tornar os acontecimentos plausíveis para os dias de hoje. 
Mesmo assim, esse filme pode ser considerado um sucesso. Na época as produtoras não apostaram no roteiro e acreditavam que seria somente mais um filme sci-fi, porém o filme que custou 6,5 milhões, retornou 78 milhões em lucro, além da busca por sua continuação.
Foi com ele que James Cameron iniciou sua carreira, para depois fazer sua continuação, Alien, Rambo e Avatar (, só falando dos sci-fi).

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Ben Hur

Épico , romano , genial.
Apesar das quase 3 horas de duração , o filme não nos faz cansar em momento algum. Tem todos os elementos de um bom filme , sem contar que foi feito numa época onde os efeitos especiais eram feitos em maquetes ou em fracas animações.
Apesar do apelo bíblico e sionista , o filme é bem neutro , sem forçar ideologias , contando uma história bíblica , mas por um ponto de vista diferente.

A história do filme se baseia na vingaça de Judah Ben-Hur , principe da Judéia , com seu irmão romano. Ben-Hur nega se tornar um delator de Judeus e como punição seu "irmão" romano manda que prendam todos em sua casa. Ben-Hur consegue se libertar , mas não consegue informações sobre sua irmã e sua mãe. Judah termina sendo exilado e aí o filme realmente começa , junto com toda a saga épica até que o protagonista consiga voltar para casa para a concretização de sua vingança. Além de mostrar a passagem da paixão de cristo e uma mudança radical na mentalidade dos personagens.

Ben-Hur vale a pena ser visto , e posso dizer com certeza que não vi um épico nessa ultima década que chegasse perto da idéia e do enredo do filme.

sábado, 11 de agosto de 2012

O Vingador do Futuro , ou Recall (1990)

O filme inicia com uma idéia bem interessante , porém , pela falta de efeitos especiais condizentes deixa de ser atrativo.
A história tem como base um homem , entediado com a sua vida que procura por uma aventura diferente, como vê que não tem tempo de realiza-la , decide comprar memórias de uma , o problema é que algo dá errado e aí o filme realmente começa.
O Elenco tem Arnold Schwarznegger , e Sharon Stone , dois grandes astros da década de 80/90 , que poderiam ser facilmente substituidos por outros atores nesse filme , já que as atuações não são assim tão boas.
O filme trazia pro começo da década de 90 a conquista de marte , o assunto do poder dos monopólios e da opressão que isso cria , e passou muito rapidamente sobre a idéia de uma maquina que implanta lembranças.  São paralelos que voltam a ser interessantes sempre que o mundo passa por um determinado contexto.
Os EUA estavam guerreando pelo petroleo no golfo pérsico , e hoje não estão guerreando por algo diferente , oprimindo algumas nações e criando resistências a essa opressão , combatendo-as. O que isso tem a ver com o filme ? Tudo . O petróleo seria o ar , a resistêsia Kuato no filme seriam os ditos rebeldes e marte seriam as terras do oriente médio.
De resto , o filme tem bem a qualificação de sessão da tarde mesmo , já que os efeitos são péssimos e a interpretação dos atores também , além de um cenário limitado devido aa falta de tecnologia na época.

Resolvi ver esse filme já que o remake dele está para sair , estrelado por Colin Farrew , com efeitos especiais aparentemente condizentes com a história do filme. Espero que dessa vez passe do nivel de sessão da tarde e valha pelo menos para uma tela quente.

Qualificação : Sessão da Tarde

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Batman , O cavaleiro das trevas ressurge

Vi hoje o filme do Batman , depois de esperar um tempo da estréia e ter muita preguiça de ir ao cinema para enfrentar longas filas para um filme tão esperado quanto este.
A História segue como o fim da trilogia , mas apresenta novos personagens criando a possibilidade de utiliza-los em outros filmes ou seguimentos. Robin aparece como um policial que veio de um orfanato e é grato por Bruce , além de ter adivinhado sua identidade secreta , já que os dois se identificam por ser órfãos  e procuram encontrar por seus lugares no mundo. Já a mulher gato, aparece buscando limpar sua ficha , e , ao meu ponto de vista tem sua história mal contada , já que ela começa como protetora da irmã e no fim do filme fala até fugir da cidade sozinha.
Bruce começa o filme incapacitado , manco , com problemas nas articulações, sente-se mal por seu amor perdido e abandona simplesmente todo o seu mundo de carros de batalha , lamborguines e mulheres fáceis. Porém durante o filme o protagonista faz umas flexões e abdominais e retoma seu tônus muscular e corpo atlético dos outros filmes.
Alfred , demonstra todo o seu amor paterno buscando para Bruce uma saída de toda essa reclusão , mas , depois de ser maltratado por seu mestre por causa de uma cartinha de amor queimada , resolve deixar Bruce arrumar sozinho sua cama e some de sua vida .
Os vilões continuam maus , um deles muito mal , treinado pelo mentor de Bruce na liga das sombras , mas , que para a surpresa do cinema , se revela somente no fim do filme. Fazendo com que o público fique confuso quanto a sua identidade real ou com o mistério durante o meio do filme , mas se ligarem os pontos é fácil descobrir quem é quem.

Há boas cenas de pancadaria , mas passa a ter um vilão sádico e inteligente , diferente do Coringa que era simplesmente um louco ou do espantalho , que era um idiota. 
A proposta do vilão é boa , poderia ser aplicada em algumas cidades do mundo e seria bem sugestiva , não a parte de sublimar a cidade , mas sim de expurgar o desequilíbrio econômico e a corrupção.

Muito bem , O filme:

Apesar de ter boas cenas da boa e velha ultraviolência , falta sangue , e o filme se desconecta de suas necessidades em alguns pontos , como na parte do "vamos nos beijar , já que 10 minutos dá tempo de livrar a cidade de uma bomba nuclear !". E tem cenas ufanistas , que , podem até arrepiar os estadunidenses , mas que dão sono aos que não põe a mão no lado direito do peito ao escutar o hino americano( o tempo desnecessário perdido na cena do futebol americano ). 
O filme tem quase 3 horas de duração , mas é bem feito e bem conectado , e fora as cenas obrigatórias em filmes hollywoodianos (como mostrar seu pavilhão , o beijo na mocinha , e o bem vencendo o mau), quase não se sente o tempo longo do filme.

Conclusão:

Vale a pena ver , mas não enfrente filas ou gaste um valor exorbitante , é só mais um filme de ação com um herói mascarado e todas as homossexualidades e ufanismos que o envolvem.